Leitura Partilhada
sábado, maio 26, 2012
  3 Rosas e uma garrafa de conhaque para Poe

Edgar Allan Poe (1809 - 1849) foi um escritor genial, devido a sua alienação o seu romantismo inicial transformou-se num bólide único da literatura. Cria o ambiente “gótico” (não o estilo arquitetónico e artístico medieval) mas o estilo que hoje surge nos jovens de negro, cria ainda a literatura policial com Auguste Dupin (de onde nasce Sherlock Holmes) com os Crimes da Rua da Morgue ou a ficção científica e tudo isto com uma erudição que mais tarde Jorge Luís Borges, por exemplo, retomaria.
Se o vais ler ou já leste preparai-vos para sentir medo e ao mesmo tempo pensar na complexificação psicológica (aqui mais para o mal) que acompanha a evolução do Ser Humano. E foi defunto apenas com 40 anos, o que não poderia ter feito se vivesse mais uns anitos. Se o amigo é delicado por favor ignore o que acaba de ler. Rapazes e raparigas, tataranham! Eis o estranho Deus Edgar“. Na ética o mal é uma consequência do bem, assim na realidade da alegria nasce a tristeza. Ou a lembrança da felicidade passada é a angústia de hoje, ou as agonias que são tem sua origem nos êxtases que poderiam ter sido”. 
Castela
 
sexta-feira, maio 25, 2012
  "As Flores do Mal"
Baudelaire, para quem as situações extremas constituíam uma experiência artística e o modelo de vida burguês era um enorme tédio, foi escritor contra a vontade da mãe e do padrasto, conseguiu destruir a avultada herança paterna com uma existência boémia de patuscadas, alfaiates e amantes (apaixonei-me unicamente pelos prazeres, por uma excitação permanente), vivia com uma mulher que o exasperava e dominava, abusava dos estupefacientes e dos excitantes. Morreu jovem, com uma paralisia hereditária e potenciada pela sífilis, interdito judicialmente (com o acesso impedido ao pouco do que restou da fortuna do pai), obcecado pela penúria e perseguido pelos credores, rejeitado pela família e atraiçoado pela amante. No final da sua relativamente curta mas desregrada vida, talvez o cansaço: O Mort, vieux capitaine, il est temps!
 
Foi o primeiro "Maldito”, venerado pelas gerações subsequentes e fonte de inspiração para homens como Rimbaud, Verlaine e Mallarmé. Original e extravagante, protagonizou uma nova época na poesia francesa (segundo muitos, a mais importante revolução poética do sec XIX), virando a página do romantismo, para inaugurar a poesia moderna. Um insurrecto que afrontou a autoridade (da família, da escola, da religião) e os ideais burgueses, um boémio libertino que desprezava a trivialidade (o dandismo é o último rasgo de heroísmo na decadência), um apreciador do torpor da consciência causado pelo haxixe, o ópio ou o álcool, muito embora à subjectividade bacoca tenha contraposto o raciocínio, a curiosidade e a inquietude. Para Paul Valéry, com Baudelaire, a poesia francesa ultrapassou finalmente as fronteiras das nações.

Isolado e incompreendido, sem pretender convencer ninguém (pelo menos, assim o afirmava), Baudelaire quis extrair a beleza que existe no mal, rebelando-se contra uma sociedade anestesiada e bronca (A França atravessa um período de vulgaridade. Paris é o centro da irradiação da estupidez universal). Em guerra com a monotonia da rima e a postura supostamente acrítica do então glorificado romantismo, Baudelaire ousou "afrontar o sol da estupidez", através da criação desta planta espinhosa, onde, à bonomia prefere a incredulidade e, face à ventura, privilegia a angústia. Ao Diabo, “todos o servem”, mas poucos o reconhecem…

Sílvia
 
sexta-feira, maio 11, 2012
  Os meteoros Cervantes, Assis e Fiódor Dostoiévski
Cervantes fez o mais belo dos livros, Machado de Assis uma das mais singulares obras literárias quando lançou o seu livro primacial -“Memórias Póstumas de Brás Cubas” -que foi também um divisor de águas na sua obra. Dostoiévsky é um gigante intemporal. Todos imortais. A seguir a fase romântica de Machado de Assis surge a Obra que mudou a literatura universal e que ainda hoje continua a viciar novos leitores; peço ao leitor que não deixe de ler as obras-primas que são Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e Papéis Avulsos (este contos).
No romance “Quincas Borba”, Dom Quixote ressurge transfigurado em todos os seus cambiantes com o nome de Quincas Borba (o homem) e Rubião (este ao inicio Sanchiano e depois quixotesco) com todos a convergirem na morte com o “grãozinho de sandice”. Mas muitos outros livros de outros autores plasmam indivíduos quixotescos nas suas obras - por exemplo Dostoievsky mostrou ao mundo -Alieksiéi Karamazov (nos Irmãos Karamazov) e o humanista e epilético Príncipe Míchkin, mistura de Cristo e Dom Quixote uma dos personagens mais impressionantes de toda literatura mundial. Todas estas personagens referidas são seres afetados por uma grandiosidade puras e por vezes risíveis nos atos mas benévolos nas intenções épicas. Em tempos tão conturbados os Quixotes, Sanchos, Quincas e Rubiões, Míchkin deveriam ser de leitura obrigatória para toda a gente para que a alma fosse guiada para o bem absoluto e o futuro da humanidade teria assim uma luzinha de esperança nas trevas dos Homens. Eis uma ideia para de leitura Partilhada num tempo em que do maior ou mais pequeno dos seres humanos compartilhasse com os seus irmãos os seus sentimentos e pensamentos. Teríamos assim os meses do Dom Quixote, Quincas Borba, Irmãos Karamazov ou ainda do Idiota.
Portando nada melhor para ser mais do que perscrutar a obra destes três ciclones literários que por aqui passaram e por cá estarão mesmo muito tempo depois do nosso fim. Vamos então agir e sonhar, mas sabendo que no final está escrito nas estrelas que o nosso fim será nebuloso, amargo e desabitado?
Carlos Castela
 

O QUE ESTAMOS A LER

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LEITURAS NO ARQUIVO

"ULISSES", de James Joyce (17 de Julho de 2003 a 7 de Fevereiro de 2004)

"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. III - O Lado de Guermantes)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2004)

"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

"UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES" e outros, de Clarice Lispector (1 a 31 de Outubro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. V - A Prisioneira)", de Marcel Proust (1 a 30 de Novembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ", de José Saramago (21 a 31 de Dezembro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VI - A Fugitiva)", de Marcel Proust (1 a 31 de Janeiro de 2005)

"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VII - O Tempo Reencontrado)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2005)

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UMA SELECÇÃO DE CONTOS LP (1 a 3O de Setembro de 2005)

"À ESPERA NO CENTEIO", de JD Salinger (1 a 31 de Outubro de 2005)(link)

"NOVE CONTOS", de JD Salinger (21 a 29 de Outubro de 2005)(link)

Van Gogh, o suicidado da sociedade; Heliogabalo ou o Anarquista Coroado; Tarahumaras; O Teatro e o seu Duplo, de Antonin Artaud (1 a 30 de Novembro de 2005)

"A SELVA", de Ferreira de Castro (1 a 31 de Dezembro de 2005)

"RICARDO III" e "HAMLET", de William Shakespeare (1 a 31 de Janeiro de 2006)

"SE NUMA NOITE DE INVERNO UM VIAJANTE" e "PALOMAR", de Italo Calvino (1 a 28 de Fevereiro de 2006)

"OTELO" e "MACBETH", de William Shakespeare (1 a 31 de Março de 2006)

"VALE ABRAÃO", de Agustina Bessa-Luis (1 a 30 de Abril de 2006)

"O REI LEAR" e "TEMPESTADE", de William Shakespeare (1 a 31 de Maio de 2006)

"MEMÓRIAS DE ADRIANO", de Marguerite Yourcenar (1 a 30 de Junho de 2006)

"ILÍADA", de Homero (1 a 31 de Julho de 2006)

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POESIA DE ALBERTO CAEIRO (1 a 30 de Setembro de 2006)

"O ALEPH", de Jorge Luis Borges (1 a 31 de Outubro de 2006) (link)

POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS (1 a 30 de Novembro de 2006)

"DOM CASMURRO", de Machado de Assis (1 a 31 de Dezembro de 2006)(link)

POESIA DE RICARDO REIS E DE FERNANDO PESSOA (1 a 31 de Janeiro de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 28 de Fevereiro de 2007)

"O VERMELHO E O NEGRO" e "A CARTUXA DE PARMA", de Stendhal (1 a 31 de Março de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 30 de Abril de 2007)

"A RELÍQUIA", de Eça de Queirós (1 a 31 de Maio de 2007)

"CÂNDIDO", de Voltaire (1 a 30 de Junho de 2007)

"MOBY DICK", de Herman Melville (1 a 31 de Julho de 2007)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2007)

"PARAÍSO PERDIDO", de John Milton (1 a 30 de Setembro de 2007)

"AS FLORES DO MAL", de Charles Baudelaire (1 a 31 de Outubro de 2007)

"O NOME DA ROSA", de Umberto Eco (1 a 30 de Novembro de 2007)

POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (1 a 31 de Dezembro de 2007)

"MERIDIANO DE SANGUE", de Cormac McCarthy (1 a 31 de Janeiro de 2008)

"METAMORFOSES", de Ovídio (1 a 29 de Fevereiro de 2008)

POESIA DE AL BERTO (1 a 31 de Março de 2008)

"O MANUAL DOS INQUISIDORES", de António Lobo Antunes (1 a 30 de Abril de 2008)

SERMÕES DE PADRE ANTÓNIO VIEIRA (1 a 31 de Maio de 2008)

"MAU TEMPO NO CANAL", de Vitorino Nemésio (1 a 30 de Junho de 2008)

"CHORA, TERRA BEM-AMADA", de Alan Paton (1 a 31 de Julho de 2008)

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"MENSAGEM", de Fernando Pessoa (1 a 30 de Setembro de 2008)

"LAVOURA ARCAICA" e "UM COPO DE CÓLERA" de Raduan Nassar (1 a 31 de Outubro de 2008)

POESIA de Sophia de Mello Breyner Andresen (1 a 30 de Novembro de 2008)

"FOME", de Knut Hamsun (1 a 31 de Dezembro de 2008)

"DIÁRIO 1941-1943", de Etty Hillesum (1 a 31 de Janeiro de 2009)

"NA PATAGÓNIA", de Bruce Chatwin (1 a 28 de Fevereiro de 2009)

"O DEUS DAS MOSCAS", de William Golding (1 a 31 de Março de 2009)

"O CÉU É DOS VIOLENTOS", de Flannery O´Connor (1 a 15 de Abril de 2009)

"O NÓ DO PROBLEMA", de Graham Greene (16 a 30 de Abril de 2009)

"APARIÇÃO", de Vergílio Ferreira (1 a 31 de Maio de 2009)

"AS VINHAS DA IRA", de John Steinbeck (1 a 30 de Junho de 2009)

"DEBAIXO DO VULCÃO", de Malcolm Lowry (1 a 31 de Julho de 2009)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2009)

POEMAS E CONTOS, de Edgar Allan Poe (1 a 30 de Setembro de 2009)

"POR FAVOR, NÃO MATEM A COTOVIA", de Harper Lee (1 a 31 de Outubro de 2009)

"A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin (1 a 30 de Novembro de 2009)

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