Leitura Partilhada
quinta-feira, outubro 30, 2003
  Ainda a respeito de "As Horas", fica um excerto que considero por demais realista e inquietante.
- Para onde vamos depois da morte?
- Para onde vamos? Vamos para o lugar de onde viemos.
- Mas eu não me lembro de onde vim.
- Nem eu...

in As Horas de Michael Cunningham


ip

Etiquetas:

 
  AS ONDAS DA LUZ NAS HORAS DO SER
A transparência da aurora em que a substância é uma promessa, dá lugar a uma alvura incandescente sobre a qual se distingue um esboço de identidade. Sentimos um brilho a inundar o espaço e adivinhamos uma aura humana definida e límpida, que se impõe aos nossos olhos na crescente intensidade de um halo. Foco de luz no apogeu de um clarão, assistimos à sua verdade como um ser inteiro e único. Visionamos o núcleo e conhecemos o fulgor da perfeição criativa. Num ritmo fosco e imemorial, Aquele que existe avança, perante nós, na névoa do crepúsculo e dilui-se na penumbra de um teatro de sombras. O núcleo é então uma silhueta nublada, marioneta obscura à deriva na noite, nula, imersa na densidade de imagens fugidias, invisíveis nas trevas.


Troti

Etiquetas:

 
 
“Mortos somos revelados nas nossas verdadeiras dimensões, que são surpreendentemente modestas.”


Troti

Etiquetas:

 
quarta-feira, outubro 29, 2003
  Uma contracapa especialmente bonita...

Etiquetas:

 
  O passarinho
“Virginia acorda…o trabalho à espera e ela ansiosa por se lhe juntar, do mesmo modo que se poderia juntar a uma festa que já tivesse começado no andar de baixo, uma festa cheia de inteligência e beleza, sem dúvida, mas cheia também de alguma coisa mais refinada do que inteligência ou beleza, alguma coisa misteriosa e dourada, uma centelha de celebração profunda, da própria vida, como sedas que sussurram em soalhos encerados e segredos murmurados num tom mais baixo do que a música. Ela, Virgínia, podia ser uma rapariga com um vestido novo, prestes a descer para uma festa, prestes a aparecer na escada, fresca e cheia de esperança.”



(“É possível morrer. Laura pensa, de súbito, como ela – como qualquer pessoa – pode fazer uma escolha dessas…Podia, pensa, ser profundamente reconfortante, podia dar uma sensação de tanta liberdade: partir, simplesmente…está satisfeita por saber…que é possível parar de viver. Existe conforto em encarar toda a gama de opções, em considerar sem medo e sem astúcia todas as escolhas possíveis. Imagina Virgínia Woolf, virginal, desequilibrada, vencida pelas impossíveis exigências da vida e da arte; imagina-a a entrar num rio com uma pedra.”)


“A dor coloniza-a, substitui rapidamente o que era Virgínia por quantidades cada vez maiores de si mesma e o seu avanço é tão violento, os seus contornos anfractuosos tão nítidos, que ela não pode deixar de a imaginar como uma entidade com vida própria.”

“Parece-lhe, neste momento, ter um pé de cada lado de uma linha invisível”

“…neste momento….sente a proximidade do antigo demónio…e sabe que estará de facto absolutamente só se e quando o demónio resolver aparecer de novo…O demónio é uma barbatana rasgando ondas escuras. O demónio é o breve, palpitante nada que foi a vida de um tordo. O demónio suga toda a beleza do mundo…Virgínia sente agora…uma certa grandeza trágica, pois o demónio não é insignificante, não é sentimental: ferve nele uma letal, uma intolerável verdade.”

“É melhor, na realidade, enfrentar a barbatana na água do que viver escondida…”

……………………………..

“… esta é a hora do passarinho morrer e não vamos mudar isso…É um ser selvagem, quererá morrer ao ar livre…- Deixemo-la agora em paz, todos…


Troti


Etiquetas:

 
  Mrs. Woolf
Chegamos, finalmente, a Mrs. Woolf. É por ela que, desde o início, nos reunimos – é ela quem produz o tal objecto dotado de beleza, aquele que é o ligante entre as três mulheres.
É impossível ler os fragmentos ligados a Mrs. Woolf sem convocar tudo o que sabemos sobre Virginia, sobre a obra e vida de Virginia, sobre a morte de Virginia também. Mas mais importante do que especular sobre a vida de Virginia, o livro debruça-se sobre este dia; o dia em que ela inicia a escrita de “Mrs. Dalloway”, desde que acorda, certa da morte de Clarissa (mata-se por qualquer coisa que, superficialmente, parecerá muito insignificante), até ao momento em que pensa Clarissa não morrerá; não pela sua própria mão. Como poderia ela suportar perder toda estas coisas?
Morrerá qualquer outra pessoa. Deve ser alguém com uma inteligência maior do que a de Clarissa; deve ser alguém com talento e mágoa suficientes para virar costas às seduções do mundo, às suas chávenas e casacos.

Mrs. Woolf não é Mrs. Dalloway, embora a molde com qualidades que sente faltarem-lhe; nem é Clarissa, nem Mrs. Brown.
Será outra pessoa, será um poeta perturbado, um visionário, que morrerá.
nastenka-d

Etiquetas:

 
  Tempo
E o que dizem do tratamento do tempo em “As Horas”, depois de tudo o que se falou sobre a importância que este tem na obra de Virginia Woolf?
São descritos três dias, um para cada personagem – mas o facto de decorrerem em anos diferentes é obliterada pela mistura dos fragmentos que nos chegam. Aliás, não fosse a (incrível) coincidência do parentesco entre Mrs. Brown e Richard, que acaba por estabelecer uma continuidade entre as duas épocas, poderíamos acreditar que nos encontrávamos perante um único dia, vivido simultaneamente em épocas paralelas.
Por isso, proponho um exercício: e se não se desse a tal (que eu considero absolutamente inverosímil) coincidência?
nastenka-d

Etiquetas:

 
terça-feira, outubro 28, 2003
  O fracasso pode ser narrativo
Em As Ondas, Rhoda, a personagem que não sobrevive, dizia: «I cannot make one moment merge in the next . […] I do not know how to run minute to minute and hour to hour, solving them by some natural force until they make the whole and indivisible mass that you call life.»
Parece-me que um dos traços distintivos da escrita de Cunningham tem a ver precisamente com a noção (diametralmente oposta) de que a vida tem de ser levada hora a hora, frase a frase, porque aos seres humanos é necessário fazer parte de uma história e, às vezes, de uma ou mais ficções quase tão bem arquitectadas como As Horas.

E se um dos temas fundamentais dos romances de Cunningham se relaciona com a sensação de fracasso que decorre da consciência do hiato existente entre aquilo que imaginamos e aquilo que podemos de facto criar, isso acontece também porque é nesse hiato que ele e nós tantas vezes nos refugiamos para (tentar) contar histórias, e assim sobreviver.
Alex

Etiquetas:

 
  ?
“Nós queremos tanto, não queremos?”


Troti

Etiquetas:

 
  ?
”Por que outro motivo lutamos para continuar a viver, por muito acomodados ou feridos que nos encontremos?”


Troti

Etiquetas:

 
  A Festa
“Que emoção, que choque estar viva numa manhã de Junho, afortunada, quase escandalosamente privilegiada…Ela, Clarissa Vaugham, uma pessoa comum…vai comprar flores e dar uma festa…estava destinada a encantar, a ser bem sucedida.

Esta noite dará a sua festa.

Ama… o televisor…Ama o carro, ela ama o mundo…

Aqui está o mundo, e tu vives nele e sentes-te grata. Tentas sentir-te grata.

Clarissa, com 52 anos, sabe que atrás destas portas…não há nada mais… que pessoas vivendo as suas vidas.

Estamos na meia idade…Somos tudo, tudo ao mesmo tempo. Não é extraordinário?

Clarissa sente-se, de súbito, deslocada.

É-lhe revelado que toda a sua mágoa e solidão deriva simplesmente de fingir viver neste apartamento…e que, se partir será feliz…será ela mesma…Depois essa sensação passa…Isto é de facto…a sua vida. Não quer outra.

…não pode deixar de sentir o declínio do mundo por ela…sou insignificante, pensa.

“Ela podia…ter entrado noutro mundo. Podia ter tido uma vida tão intensa…
como a literatura.

Aquilo é quem eu era. Isto é quem eu sou...

Ela é uma interessante mulher comum…

…Fui comprar flores para a festa…”




“Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginámos, embora …saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. Mesmo assim, …desejamos, acima de tudo, mais.”

Troti


Etiquetas:

 
  E o romance é convertido num filme pela indústria americana...
Reconheço que o livro estava a pedir essa expansão. Lembro-me que quando soube da decisão fiquei contente, e ansiosa para poder ver o resultado. Relembrei a sequência de imagens que a leitura me provocou, as ligações entre as histórias, a luz comum, os ruidos comuns, as pontes entre estas 3 mulheres e os três momentos... Sublime desafio!

Mas. Chegou o momento de ver o resultado, e. Um livro destes e o filme é. Claro que a indústria se rendeu, houve óscares, sucesso de bilheteira. E?

Eu saí triste da sala de cinema. Tive vontade de reler o livro para esquecer, para completar. Provavelmente é inevitável quando se gosta muito de um livro. Mas.

Esqueçam o filme, mesmo se tiverem gostado... leiam o livro!

Leitora

Etiquetas:

 
  Pensamento : o lar é o reflexo dos seus habitantes
" Sally and Clarissa live in a perfect replica of an upper-class West Village apartment; you imagine somebody's assistant striding through with a clipboard: French leather armchairs, check; Strickley table, check; linen-colored walls hung with botanical prints, check; bookshelves studded with small treasures acquired abroad, check. Even the eccentricities - the flea-market mirror frame covered in seashells, the scaly old South American chest painted with leering mermaids - feel calculated, as if the art director had looked it all over and said, "It isn't convincing enough yet, we need more things to tell us who these people really are."
O recheio do lar é o reflexo de quem lá habita.
Navegadora

Etiquetas:

 
  Outros medos de um escritor...
"Almost two hours have passed. She still feels powerful, though she knows that tomorrow she may look back at what she's written and find it airy, overblown. One always has a better book in one's mind than one can manage to get onto paper. (...)"
Navegadora

Etiquetas:

 
  Mrs. Brown
Como, interroga-se Laura, pôde alguém capaz de escrever uma frase como aquela – capaz de sentir tudo quanto estava contido numa frase como aquela – acabar por se suicidar?
Enquanto Clarissa vive o seu dia esquecida do seu cognome, das óbvias simetrias entre ela e a Mrs. Dalloway do romance de Virginia Woolf (mesmo das simetrias entre ela e a prória Virginia Woolf), Laura Brown vive o seu sob a sombra do romance. E, como nós o fizemos há duas semanas, enquanto liamos “As Ondas”, interroga-se sobre a mulher que o escreveu – sobre a sensibilidade da mulher que o escreveu.
Virginia Woolf fascina-a. Fascina-a por tudo o que pressente em si mesma de Virginia. Fascina-a porque, apesar do quotidiano (o supermercado, o cabeleireiro, o marido e o filho), não se esqueceu ainda de Laura Zielski, a rapariga solitária, a leitora incessante. Não se esqueceu ainda do que poderia ter sido (de que poderia, como diz Neville de “As Ondas”, ter sido qualquer coisa); não se esqueceu de tudo o que deseja – produzir um objecto dotado de beleza, uma coisa maravilhosa mesmo para aqueles que não a amam. E esse desejo – essa consciência do desejo em simultâneo com a consciência da sua incapacidade para o cumprir – torna a sua existência pesada, muito mais do que qualquer exigência, formulada ou não, que lhe possa ser feita.
nastenka-d

Etiquetas:

 
 

Etiquetas:

 
  «O livro que temos na nossa imaginação»
O tom é dado pelo prólogo: imediatamente conhecemos o fim, pelo menos um dos finais que nos esperam. No entanto, apesar do suicídio de Virginia Woolf pairar sobre o livro desde as primeiras páginas, há uma outra qualidade que transcende, ultrapassa, ou pelo menos não permite que a tristeza e a depressão dominem. (Mais à frente, veremos que Mrs. Brown pensa o mesmo.)
Tudo isto penetra na ponte , ecoa na madeira e na sua pedra e penetra no corpo de Virginia. O seu rosto, comprimido de lado contra a estaca, absorve tudo: a camioneta e os soldados, a mãe e o filho.
nastenka-d

Etiquetas:

 
  ?
"O amor é profundo, um mistério, quem quer compreender todas as suas particularidades?

Troti

Etiquetas:

 
  ?
"O que está afinal errado nas pessoas?

Troti

Etiquetas:

 
  O Bolo V


Laura Brown é a personagem mais forte do livro. É por ela que passam as angústias da identificação do eu, é ela que nos deixa ir na sua viagem interior. É Laura que vive a tentação de libertação, a indefinição do rumo, a definição do trilho, a escolha do caminho.
Numa simples tarefa - fazer um bolo – Laura projecta a sua desorientação e parte para uma introspecção profunda que lhe mostra as faces da incerteza e da procura, da opção da vida e da determinação da morte Sentimos a tristeza da frustração, a morte do sonho, a imposição da realidade, o peso da responsabilidade, a opção do destino.


É ela que vai viver, a partir de agora, As Horas.




“Enquanto põe os pratos e os garfos na mesa…parece subitamente a Laura que conseguiu, que no último momento foi bem sucedida – do mesmo modo que um pintor poderia, com uma última pincelada de cor, salvar um quadro da incoerência; do mesmo modo que um escritor poderia escrever a linha que poria em evidência os padrões encobertos e a simetria do drama.”



.Troti

Etiquetas:

 

O QUE ESTAMOS A LER

(este blogue está temporariamente inactivo)

PROXIMAS LEITURAS

(este blogue está temporariamente inactivo)

LEITURAS NO ARQUIVO

"ULISSES", de James Joyce (17 de Julho de 2003 a 7 de Fevereiro de 2004)

"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. III - O Lado de Guermantes)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2004)

"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

"UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES" e outros, de Clarice Lispector (1 a 31 de Outubro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. V - A Prisioneira)", de Marcel Proust (1 a 30 de Novembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ", de José Saramago (21 a 31 de Dezembro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VI - A Fugitiva)", de Marcel Proust (1 a 31 de Janeiro de 2005)

"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VII - O Tempo Reencontrado)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2005)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2005)

UMA SELECÇÃO DE CONTOS LP (1 a 3O de Setembro de 2005)

"À ESPERA NO CENTEIO", de JD Salinger (1 a 31 de Outubro de 2005)(link)

"NOVE CONTOS", de JD Salinger (21 a 29 de Outubro de 2005)(link)

Van Gogh, o suicidado da sociedade; Heliogabalo ou o Anarquista Coroado; Tarahumaras; O Teatro e o seu Duplo, de Antonin Artaud (1 a 30 de Novembro de 2005)

"A SELVA", de Ferreira de Castro (1 a 31 de Dezembro de 2005)

"RICARDO III" e "HAMLET", de William Shakespeare (1 a 31 de Janeiro de 2006)

"SE NUMA NOITE DE INVERNO UM VIAJANTE" e "PALOMAR", de Italo Calvino (1 a 28 de Fevereiro de 2006)

"OTELO" e "MACBETH", de William Shakespeare (1 a 31 de Março de 2006)

"VALE ABRAÃO", de Agustina Bessa-Luis (1 a 30 de Abril de 2006)

"O REI LEAR" e "TEMPESTADE", de William Shakespeare (1 a 31 de Maio de 2006)

"MEMÓRIAS DE ADRIANO", de Marguerite Yourcenar (1 a 30 de Junho de 2006)

"ILÍADA", de Homero (1 a 31 de Julho de 2006)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2006)

POESIA DE ALBERTO CAEIRO (1 a 30 de Setembro de 2006)

"O ALEPH", de Jorge Luis Borges (1 a 31 de Outubro de 2006) (link)

POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS (1 a 30 de Novembro de 2006)

"DOM CASMURRO", de Machado de Assis (1 a 31 de Dezembro de 2006)(link)

POESIA DE RICARDO REIS E DE FERNANDO PESSOA (1 a 31 de Janeiro de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 28 de Fevereiro de 2007)

"O VERMELHO E O NEGRO" e "A CARTUXA DE PARMA", de Stendhal (1 a 31 de Março de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 30 de Abril de 2007)

"A RELÍQUIA", de Eça de Queirós (1 a 31 de Maio de 2007)

"CÂNDIDO", de Voltaire (1 a 30 de Junho de 2007)

"MOBY DICK", de Herman Melville (1 a 31 de Julho de 2007)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2007)

"PARAÍSO PERDIDO", de John Milton (1 a 30 de Setembro de 2007)

"AS FLORES DO MAL", de Charles Baudelaire (1 a 31 de Outubro de 2007)

"O NOME DA ROSA", de Umberto Eco (1 a 30 de Novembro de 2007)

POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (1 a 31 de Dezembro de 2007)

"MERIDIANO DE SANGUE", de Cormac McCarthy (1 a 31 de Janeiro de 2008)

"METAMORFOSES", de Ovídio (1 a 29 de Fevereiro de 2008)

POESIA DE AL BERTO (1 a 31 de Março de 2008)

"O MANUAL DOS INQUISIDORES", de António Lobo Antunes (1 a 30 de Abril de 2008)

SERMÕES DE PADRE ANTÓNIO VIEIRA (1 a 31 de Maio de 2008)

"MAU TEMPO NO CANAL", de Vitorino Nemésio (1 a 30 de Junho de 2008)

"CHORA, TERRA BEM-AMADA", de Alan Paton (1 a 31 de Julho de 2008)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2008)

"MENSAGEM", de Fernando Pessoa (1 a 30 de Setembro de 2008)

"LAVOURA ARCAICA" e "UM COPO DE CÓLERA" de Raduan Nassar (1 a 31 de Outubro de 2008)

POESIA de Sophia de Mello Breyner Andresen (1 a 30 de Novembro de 2008)

"FOME", de Knut Hamsun (1 a 31 de Dezembro de 2008)

"DIÁRIO 1941-1943", de Etty Hillesum (1 a 31 de Janeiro de 2009)

"NA PATAGÓNIA", de Bruce Chatwin (1 a 28 de Fevereiro de 2009)

"O DEUS DAS MOSCAS", de William Golding (1 a 31 de Março de 2009)

"O CÉU É DOS VIOLENTOS", de Flannery O´Connor (1 a 15 de Abril de 2009)

"O NÓ DO PROBLEMA", de Graham Greene (16 a 30 de Abril de 2009)

"APARIÇÃO", de Vergílio Ferreira (1 a 31 de Maio de 2009)

"AS VINHAS DA IRA", de John Steinbeck (1 a 30 de Junho de 2009)

"DEBAIXO DO VULCÃO", de Malcolm Lowry (1 a 31 de Julho de 2009)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2009)

POEMAS E CONTOS, de Edgar Allan Poe (1 a 30 de Setembro de 2009)

"POR FAVOR, NÃO MATEM A COTOVIA", de Harper Lee (1 a 31 de Outubro de 2009)

"A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin (1 a 30 de Novembro de 2009)

Primeira Viagem Temática BLOOMSDAY 2004

Primeira Saí­da de Campo TORMES 2004

Primeira Tertúlia Casa de 3 2005

Segundo Aniversário LP

Os nossos marcadores

ARQUIVO
07/01/2003 - 08/01/2003 / 08/01/2003 - 09/01/2003 / 09/01/2003 - 10/01/2003 / 10/01/2003 - 11/01/2003 / 11/01/2003 - 12/01/2003 / 12/01/2003 - 01/01/2004 / 01/01/2004 - 02/01/2004 / 02/01/2004 - 03/01/2004 / 03/01/2004 - 04/01/2004 / 04/01/2004 - 05/01/2004 / 05/01/2004 - 06/01/2004 / 06/01/2004 - 07/01/2004 / 07/01/2004 - 08/01/2004 / 08/01/2004 - 09/01/2004 / 09/01/2004 - 10/01/2004 / 10/01/2004 - 11/01/2004 / 11/01/2004 - 12/01/2004 / 12/01/2004 - 01/01/2005 / 01/01/2005 - 02/01/2005 / 02/01/2005 - 03/01/2005 / 03/01/2005 - 04/01/2005 / 04/01/2005 - 05/01/2005 / 05/01/2005 - 06/01/2005 / 06/01/2005 - 07/01/2005 / 07/01/2005 - 08/01/2005 / 08/01/2005 - 09/01/2005 / 09/01/2005 - 10/01/2005 / 10/01/2005 - 11/01/2005 / 11/01/2005 - 12/01/2005 / 12/01/2005 - 01/01/2006 / 01/01/2006 - 02/01/2006 / 02/01/2006 - 03/01/2006 / 03/01/2006 - 04/01/2006 / 04/01/2006 - 05/01/2006 / 05/01/2006 - 06/01/2006 / 06/01/2006 - 07/01/2006 / 07/01/2006 - 08/01/2006 / 08/01/2006 - 09/01/2006 / 09/01/2006 - 10/01/2006 / 10/01/2006 - 11/01/2006 / 11/01/2006 - 12/01/2006 / 12/01/2006 - 01/01/2007 / 01/01/2007 - 02/01/2007 / 02/01/2007 - 03/01/2007 / 03/01/2007 - 04/01/2007 / 04/01/2007 - 05/01/2007 / 05/01/2007 - 06/01/2007 / 06/01/2007 - 07/01/2007 / 07/01/2007 - 08/01/2007 / 08/01/2007 - 09/01/2007 / 09/01/2007 - 10/01/2007 / 10/01/2007 - 11/01/2007 / 11/01/2007 - 12/01/2007 / 12/01/2007 - 01/01/2008 / 01/01/2008 - 02/01/2008 / 02/01/2008 - 03/01/2008 / 03/01/2008 - 04/01/2008 / 04/01/2008 - 05/01/2008 / 05/01/2008 - 06/01/2008 / 06/01/2008 - 07/01/2008 / 07/01/2008 - 08/01/2008 / 08/01/2008 - 09/01/2008 / 09/01/2008 - 10/01/2008 / 10/01/2008 - 11/01/2008 / 11/01/2008 - 12/01/2008 / 12/01/2008 - 01/01/2009 / 01/01/2009 - 02/01/2009 / 02/01/2009 - 03/01/2009 / 03/01/2009 - 04/01/2009 / 04/01/2009 - 05/01/2009 / 05/01/2009 - 06/01/2009 / 06/01/2009 - 07/01/2009 / 07/01/2009 - 08/01/2009 / 08/01/2009 - 09/01/2009 / 09/01/2009 - 10/01/2009 / 10/01/2009 - 11/01/2009 / 11/01/2009 - 12/01/2009 / 03/01/2010 - 04/01/2010 / 04/01/2010 - 05/01/2010 / 07/01/2010 - 08/01/2010 / 08/01/2010 - 09/01/2010 / 09/01/2010 - 10/01/2010 / 05/01/2012 - 06/01/2012 /


Powered by Blogger

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!