Leitura Partilhada
quarta-feira, setembro 30, 2009
  A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket (ii)
João Seixas, que refere ser esta uma edição com excelente aspecto gráfico e tradução impecável, escreve na “Ler”:

Da sua obra literária, composta essencialmente de contos e poemas, destaca-se este livro – o seu único romance completo – não só pela forma precocemente moderna como aglutina os temas seus contemporâneos, não se furtando mesmo a incorporar excertos de trabalhos de outros autores, e absorve e transforma os modos literários e as correntes científicas na berra no período da sua redacção, mas pela influência que exerceu sobre obras e autores posteriores como Herman Melville, Jules Verne ou H. P. Lovecraft (estes dois últimos escreveram mesmo sequelas directas à obra de Poe).
Iniciando-se como uma típica aventura marítima, à qual não faltam naufrágios, violência, águas infestadas de tubarões, motins e canibais, a viagem de Pym rumo ao Pólo Sul desde logo adquire um aspecto simbólico e iniciático, auxiliado pelos fortes elementos de realismo que permitem ao autor melhor embrulhar o leitor no enigma – nunca explicado – no final (abrupto) da narrativa. Se o livro é susceptível de confundir alguns leitores, e de suscitar múltiplas interpretações, tal é apenas testemunho da arte e manha de uma das mais importantes vozes da literatura mundial.

azuki
 
terça-feira, setembro 29, 2009
  OBRA POÉTICA COMPLETA

Também na minha mesa-de-cabeceira está a OBRA POÉTICA COMPLETA, uma bela edição em capa dura da Tinta-da-China, com tradução e notas de Margarida Vale de Gato. Compila todos os poemas escritos por alguém que foi mais do que um escritor do horror e do mistério, onde se destaca o incontornável “O Corvo”, poema narrativo de 108 versos que se insere no estilo literário gótico e que já foi traduzido por nomes como Baudelaire e Mallarmé, Fernando Pessoa e Machado de Assis.

azuki
 
segunda-feira, setembro 28, 2009
 
O que distingue acentuadamente a personalidade mental de Edgar Poe é a coexistência nele de uma imaginação fantástica e delirante, de extraordinária subtileza e eteridade, e um raciocínio frio, claríssimo, maravilhoso na análise como na síntese. Foi isto que permitiu que, a par de poemas estranhos e por fim delirantes, fosse, em prosa, autor de contos que se assemelham em natureza aos seus poemas.
Fernando Pessoa
 
sexta-feira, setembro 25, 2009
  A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket

A NARRATIVA DE ARTHUR GORDON PYM
DE NANTUCKET
Contendo os detalhes de um motim
e de uma atroz mortandade
a bordo do brigue americano Grampus, em rota para
os mares do sul, no mês de Junho de 1827.
Com o relato da reconquista do navio pelos Sobreviventes;
do seu naufrágio e posteriores horríveis padecimentos
devidos à fome; de sua livração pela
escuna britânica Jane Guy; do breve cruzeiro desta última no
oceano Antárctico, da captura dela e do massacre da
sua tripulação entre um grupo de ilhas no
PARALELO 84 DE LATITUDE SUL
A par das incríveis aventuras e descobertas
AINDA MAIS A SUL
às quais essa aflitiva calamidade deu origem.


“A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket” (da Assírio & Alvim, com tradução de Jorge Pereirinha Pires) é o seu único romance completo e o meu actual livro de cabeceira (olho para ele todas as noites, muito embora me deite tão tarde e tão cansada que não sou capaz de fazer muito mais do que isso). Uma obra que naturalmente nos remete para o universo do (posterior) Moby Dick, para terras dos caçadores de baleias e os gelados mares do sul. Publicado pela primeira vez em 1838 nos EUA, é o relato da viagem trágica que o navio norte-americano Grampus empreende em 1827, onde se contam as aventuras de Arthur Gordon Pym, mas também um encontro com uma tribo de canibais, um motim e um naufrágio.

azuki
 
quinta-feira, setembro 24, 2009
  é do próprio homem dividido entre o ordinário e o extraordinário que Poe fala
Natural de Boston, Poe passou vários anos num orfanato, até ser adoptado pelos Allan. Publica o seu primeiro livro em 1827. Foi director do Southern Literary Messenger e um dos precursores do estilo do fantástico e da ficção científica, mas não só. Teve uma curta mas atribulada existência. Produziu ficção, ensaio e poesia. Faleceu aos 40 anos de idade, em condições estranhas, no ano de 1849.

A propósito do escritor e das edições comemorativas dos 200 anos do seu nascimento, escreveu Ana Cristina Leonardo, no Expresso:

Filho de actores, abandonado pelo pai e órfão de mãe, Poe seria perfilhado pelos Allan, com quem manteve uma relação conflituosa. Levaria uma vida errática, que registou expulsões escolares e do exército, viuvez precoce, despedimentos, álcool, drogas e tentativa frustrada de suicídio, para terminar aos 40 anos de modo ainda hoje não esclarecido: encontrado na rua em delirium tremens, morreria poucos dias depois, sem nunca ter recuperado completamente a consciência.
Deixou uma única novela longa – “A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket” – e ensaios de crítica literária, poemas e contos. É reconhecidamente o precursor do género policial, e os seus textos de terror psicológico continuam a arrepiar-nos. Porém, ao contrário dos românticos, a eficácia de Poe residirá sobretudo na sua fina ironia. E, capaz de desassossegar o leitor não pelo recurso a fantasmagorias góticas delirantes, mas pelo excesso de racionalidade, o autor de “O Corvo” descreve um medo real, autêntico, que surge de dentro – como alguém resumiu, “não é o medo que origina a neurose, é a neurose que origina o medo”.
Sempre redigidos na primeira pessoa, os seus contos colocam em cena protagonistas que se confrontam consigo próprios, sujeitos inquietos e inquietantes num mundo que segue o seu curso normal. Apesar de ter ficado colado à ficção fantástica, poder-se-ia dizer dele o que de si mesmo diz o narrador de “O mistério de Marie Rogêt”: “não há no meu íntimo qualquer crença no sobrenatural”.
É difícil acrescentar o que for sobre um escritor do qual já se escreveram mais frases do que aquelas que o próprio foi capaz. Mas se, entre o caos da loucura e a lucidez clara e distinta, a fronteira, a existir, é muito ténue, talvez seja nesse território movediço que o devemos situar. Longe de folclores mais ou menos satânicos, é do próprio homem dividido entre o ordinário e o extraordinário que Poe fala. De nós, portanto. Mesmo passados dois séculos.

azuki
 
quarta-feira, setembro 23, 2009
 
Um portal brasileiro dedicado a Edgar Allan Poe, com imensa informação sobre a sua obra e material biográfico, bem como com uma filmografia e um espaço para os leitores: PoeBrasil.
 
terça-feira, setembro 22, 2009
  TODOS OS CONTOS – edição comemorativa do bicentenário do nascimento de Poe
Comemoram-se, em 2009, os 200 anos do nascimento de Edgar Allan Poe, escritor marcante da então nascente literatura norte-americana, mestre do policial do horror da ficção científica da sátira (embora mais do que isso), nome pertencente ao panteão dos escritores malditos, cuja obra se compõe de contos (inúmeros e o que verdadeiramente lhe deu notoriedade), poemas (alguns bons, outros nem tanto), ensaios e novelas (entre as quais, aquele que é considerado o seu único romance completo).

Em tempos de efeméride, a Quetzal, juntamente com o Círculo de Leitores, decidiu abandonar a pose tímida de quem publica coisas desgarradas, para se atrever a uma edição de fôlego: os contos completos do escritor. TODOS OS CONTOS é uma obra em dois volumes de capa dura e sobrecapa em papel couché, impressa a cores, de 520 + 512 páginas, que reúne os 69 contos de Poe. Com tradução de J. Teixeira de Aguilar e ilustrações do pintor catalão Joan-Pere Viladecans.

azuki
 
domingo, setembro 20, 2009
  O Gato Preto (Vítor), de Edgar Alan Poe


É muito aliciante esta tendência para atribuir ao que é externo as responsabilidades pelos próprios actos. Nada melhor do que um gato preto, cuja presença, ao longo dos séculos, tem sido considerada como motivo de azar. Como se o azar tivesse algo a ver com o que se passou... No seu processo de degradação, que incluiu álcool, antros e outros comportamentos viciosos, este homem deixou de ser capaz de se dominar. E revelou-se o que, da natureza humana, as normas de conduta geralmente permitem controlar quando ainda conseguem exercer poder sobre nós. O que se passou foi um círculo infernal de intemperança, perversidade, desespero, alucinação, remorso, ódio, horror, fúria. Things bad begun make strong themselves by ill, escreveu Shakespeare, em “Macbeth”. A presença do gato era a evocação permanente da sua iniquidade. A partir do momento em que se conseguiu livrar do demónio que havia corporizado no animal, aquele homem deixou de sentir quaisquer escrúpulos pelo que havia feito: a sensação de impunidade anulou o remorso.

Esta é uma caricatura humana e a denúncia das suas transgressões, com ironia. A fonte de todo o mal na vida desse homem é atribuída ao gato preto. Pois... É assim que somos.

Sílvia
 
segunda-feira, setembro 07, 2009
  The raven

Talvez a melhor interpretação de um dos mais reconhecidos poemas de Poe.

Etiquetas:

 
terça-feira, setembro 01, 2009
  Poe
 

O QUE ESTAMOS A LER

(este blogue está temporariamente inactivo)

PROXIMAS LEITURAS

(este blogue está temporariamente inactivo)

LEITURAS NO ARQUIVO

"ULISSES", de James Joyce (17 de Julho de 2003 a 7 de Fevereiro de 2004)

"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. III - O Lado de Guermantes)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2004)

"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

"UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES" e outros, de Clarice Lispector (1 a 31 de Outubro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. V - A Prisioneira)", de Marcel Proust (1 a 30 de Novembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ", de José Saramago (21 a 31 de Dezembro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VI - A Fugitiva)", de Marcel Proust (1 a 31 de Janeiro de 2005)

"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VII - O Tempo Reencontrado)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2005)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2005)

UMA SELECÇÃO DE CONTOS LP (1 a 3O de Setembro de 2005)

"À ESPERA NO CENTEIO", de JD Salinger (1 a 31 de Outubro de 2005)(link)

"NOVE CONTOS", de JD Salinger (21 a 29 de Outubro de 2005)(link)

Van Gogh, o suicidado da sociedade; Heliogabalo ou o Anarquista Coroado; Tarahumaras; O Teatro e o seu Duplo, de Antonin Artaud (1 a 30 de Novembro de 2005)

"A SELVA", de Ferreira de Castro (1 a 31 de Dezembro de 2005)

"RICARDO III" e "HAMLET", de William Shakespeare (1 a 31 de Janeiro de 2006)

"SE NUMA NOITE DE INVERNO UM VIAJANTE" e "PALOMAR", de Italo Calvino (1 a 28 de Fevereiro de 2006)

"OTELO" e "MACBETH", de William Shakespeare (1 a 31 de Março de 2006)

"VALE ABRAÃO", de Agustina Bessa-Luis (1 a 30 de Abril de 2006)

"O REI LEAR" e "TEMPESTADE", de William Shakespeare (1 a 31 de Maio de 2006)

"MEMÓRIAS DE ADRIANO", de Marguerite Yourcenar (1 a 30 de Junho de 2006)

"ILÍADA", de Homero (1 a 31 de Julho de 2006)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2006)

POESIA DE ALBERTO CAEIRO (1 a 30 de Setembro de 2006)

"O ALEPH", de Jorge Luis Borges (1 a 31 de Outubro de 2006) (link)

POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS (1 a 30 de Novembro de 2006)

"DOM CASMURRO", de Machado de Assis (1 a 31 de Dezembro de 2006)(link)

POESIA DE RICARDO REIS E DE FERNANDO PESSOA (1 a 31 de Janeiro de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 28 de Fevereiro de 2007)

"O VERMELHO E O NEGRO" e "A CARTUXA DE PARMA", de Stendhal (1 a 31 de Março de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 30 de Abril de 2007)

"A RELÍQUIA", de Eça de Queirós (1 a 31 de Maio de 2007)

"CÂNDIDO", de Voltaire (1 a 30 de Junho de 2007)

"MOBY DICK", de Herman Melville (1 a 31 de Julho de 2007)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2007)

"PARAÍSO PERDIDO", de John Milton (1 a 30 de Setembro de 2007)

"AS FLORES DO MAL", de Charles Baudelaire (1 a 31 de Outubro de 2007)

"O NOME DA ROSA", de Umberto Eco (1 a 30 de Novembro de 2007)

POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (1 a 31 de Dezembro de 2007)

"MERIDIANO DE SANGUE", de Cormac McCarthy (1 a 31 de Janeiro de 2008)

"METAMORFOSES", de Ovídio (1 a 29 de Fevereiro de 2008)

POESIA DE AL BERTO (1 a 31 de Março de 2008)

"O MANUAL DOS INQUISIDORES", de António Lobo Antunes (1 a 30 de Abril de 2008)

SERMÕES DE PADRE ANTÓNIO VIEIRA (1 a 31 de Maio de 2008)

"MAU TEMPO NO CANAL", de Vitorino Nemésio (1 a 30 de Junho de 2008)

"CHORA, TERRA BEM-AMADA", de Alan Paton (1 a 31 de Julho de 2008)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2008)

"MENSAGEM", de Fernando Pessoa (1 a 30 de Setembro de 2008)

"LAVOURA ARCAICA" e "UM COPO DE CÓLERA" de Raduan Nassar (1 a 31 de Outubro de 2008)

POESIA de Sophia de Mello Breyner Andresen (1 a 30 de Novembro de 2008)

"FOME", de Knut Hamsun (1 a 31 de Dezembro de 2008)

"DIÁRIO 1941-1943", de Etty Hillesum (1 a 31 de Janeiro de 2009)

"NA PATAGÓNIA", de Bruce Chatwin (1 a 28 de Fevereiro de 2009)

"O DEUS DAS MOSCAS", de William Golding (1 a 31 de Março de 2009)

"O CÉU É DOS VIOLENTOS", de Flannery O´Connor (1 a 15 de Abril de 2009)

"O NÓ DO PROBLEMA", de Graham Greene (16 a 30 de Abril de 2009)

"APARIÇÃO", de Vergílio Ferreira (1 a 31 de Maio de 2009)

"AS VINHAS DA IRA", de John Steinbeck (1 a 30 de Junho de 2009)

"DEBAIXO DO VULCÃO", de Malcolm Lowry (1 a 31 de Julho de 2009)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2009)

POEMAS E CONTOS, de Edgar Allan Poe (1 a 30 de Setembro de 2009)

"POR FAVOR, NÃO MATEM A COTOVIA", de Harper Lee (1 a 31 de Outubro de 2009)

"A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin (1 a 30 de Novembro de 2009)

Primeira Viagem Temática BLOOMSDAY 2004

Primeira Saí­da de Campo TORMES 2004

Primeira Tertúlia Casa de 3 2005

Segundo Aniversário LP

Os nossos marcadores

ARQUIVO
07/01/2003 - 08/01/2003 / 08/01/2003 - 09/01/2003 / 09/01/2003 - 10/01/2003 / 10/01/2003 - 11/01/2003 / 11/01/2003 - 12/01/2003 / 12/01/2003 - 01/01/2004 / 01/01/2004 - 02/01/2004 / 02/01/2004 - 03/01/2004 / 03/01/2004 - 04/01/2004 / 04/01/2004 - 05/01/2004 / 05/01/2004 - 06/01/2004 / 06/01/2004 - 07/01/2004 / 07/01/2004 - 08/01/2004 / 08/01/2004 - 09/01/2004 / 09/01/2004 - 10/01/2004 / 10/01/2004 - 11/01/2004 / 11/01/2004 - 12/01/2004 / 12/01/2004 - 01/01/2005 / 01/01/2005 - 02/01/2005 / 02/01/2005 - 03/01/2005 / 03/01/2005 - 04/01/2005 / 04/01/2005 - 05/01/2005 / 05/01/2005 - 06/01/2005 / 06/01/2005 - 07/01/2005 / 07/01/2005 - 08/01/2005 / 08/01/2005 - 09/01/2005 / 09/01/2005 - 10/01/2005 / 10/01/2005 - 11/01/2005 / 11/01/2005 - 12/01/2005 / 12/01/2005 - 01/01/2006 / 01/01/2006 - 02/01/2006 / 02/01/2006 - 03/01/2006 / 03/01/2006 - 04/01/2006 / 04/01/2006 - 05/01/2006 / 05/01/2006 - 06/01/2006 / 06/01/2006 - 07/01/2006 / 07/01/2006 - 08/01/2006 / 08/01/2006 - 09/01/2006 / 09/01/2006 - 10/01/2006 / 10/01/2006 - 11/01/2006 / 11/01/2006 - 12/01/2006 / 12/01/2006 - 01/01/2007 / 01/01/2007 - 02/01/2007 / 02/01/2007 - 03/01/2007 / 03/01/2007 - 04/01/2007 / 04/01/2007 - 05/01/2007 / 05/01/2007 - 06/01/2007 / 06/01/2007 - 07/01/2007 / 07/01/2007 - 08/01/2007 / 08/01/2007 - 09/01/2007 / 09/01/2007 - 10/01/2007 / 10/01/2007 - 11/01/2007 / 11/01/2007 - 12/01/2007 / 12/01/2007 - 01/01/2008 / 01/01/2008 - 02/01/2008 / 02/01/2008 - 03/01/2008 / 03/01/2008 - 04/01/2008 / 04/01/2008 - 05/01/2008 / 05/01/2008 - 06/01/2008 / 06/01/2008 - 07/01/2008 / 07/01/2008 - 08/01/2008 / 08/01/2008 - 09/01/2008 / 09/01/2008 - 10/01/2008 / 10/01/2008 - 11/01/2008 / 11/01/2008 - 12/01/2008 / 12/01/2008 - 01/01/2009 / 01/01/2009 - 02/01/2009 / 02/01/2009 - 03/01/2009 / 03/01/2009 - 04/01/2009 / 04/01/2009 - 05/01/2009 / 05/01/2009 - 06/01/2009 / 06/01/2009 - 07/01/2009 / 07/01/2009 - 08/01/2009 / 08/01/2009 - 09/01/2009 / 09/01/2009 - 10/01/2009 / 10/01/2009 - 11/01/2009 / 11/01/2009 - 12/01/2009 / 03/01/2010 - 04/01/2010 / 04/01/2010 - 05/01/2010 / 07/01/2010 - 08/01/2010 / 08/01/2010 - 09/01/2010 / 09/01/2010 - 10/01/2010 / 05/01/2012 - 06/01/2012 /


Powered by Blogger

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!